O Serviço Social do hospital te faz algumas perguntas, uma delas se referia ao uso de substâncias psicoativas. Neste momento, você se lembra do que aconteceu com seu primeiro filho… Não poderia correr esse risco novamente!
Como tinha diminuído o uso do crack, decide falar que não fazia uso de nenhuma droga. Entretanto, eles parecem não levar a sério sua resposta. Em uma das tentativas de visita na maternidade, você pede para ver sua bebê, porém dizem que ela não está mais lá.
Ninguém sabe te informar onde ela está… Com quem falar? Como procurá-la? Como minha filha vai crescer sem uma mãe ao seu lado?
Você entende que está perdendo outro filho e é certamente um dos dias mais tristes de sua vida. Você continua voltando na maternidade, sem saber o que fazer. Uma enfermeira se comove com sua situação e sugere que você procure a Defensoria Pública.
A maternidade entendeu a sua situação como um potencial risco psicossocial à criança e, por isso, acionou a Vara da Infância e Juventude, devido a orientações baseadas em casos anteriores, a criança está acolhida e ela não pode te dar mais informações. Ela diz que eles talvez poderiam te ajudar a reaver sua filha.
Você se sente fraca por ver a história se repetir e sente que não pode fazer nada para mudar a situação. Procurar a Defensoria só iria prolongar esse sofrimento, e você se sente desiludida, cogita voltar para as ruas e desistir de tudo…