Carta

Rua 02

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A Defensoria tenta reverter a decisão da juíza de separar você de sua bebê. Argumentaram que a pobreza não é motivo para a perda do poder familiar. Apesar disso, o Ministério Público alega que você não pode proporcionar um ambiente sadio para o desenvolvimento da criança e que já perdeu outro bebê pelo mesmo motivo.

A juíza é convencida pelos argumentos do Ministério Público e mantém a decisão da separação. A defensora te explica, também, que já existe uma família interessada em adotar Francisca e que o processo de adoção já começou.

No processo judicial você tem pouco contato com a juíza e isso te traz muita insegurança: você não consegue mostrar sua determinação e vontade de cuidar de Francisca.

No fim, ela entendeu que a família adotiva poderia proporcionar a sua filha oportunidades que você não poderia e decidiu de acordo com o “melhor interesse da criança”.

A história se repete e você sente uma tristeza imensa pois todo seu esforço foi em vão.