Em uma das idas à maternidade para visitar Francisca, o Serviço Social te faz algumas perguntas.
Procuram saber seu nome, os nomes dos parentes mais próximos, seus endereços e telefones, se porta algum documento e, ainda, se faz uso de alguma substância entorpecente.
Sempre te informam o que está sendo feito, os motivos para isso e as possíveis consequências – inclusive, a possibilidade de você ser separada da sua bebê.
Após tentativas falhas de contato com a família extensa, as funcionárias da maternidade entendem a situação como um possível risco psicossocial à criança e acionam a Vara da Infância e Juventude.
Você recebe um documento que certifica o que havia ocorrido e informa onde sua filha será abrigada… Você grita. A dor de se ver, novamente, nesta situação é indescritível… Desnorteada, você olha para o documento, sem saber o que fazer.
Uma enfermeira se comove com sua situação e sugere que você procure a Defensoria Pública: é a única esperança que resta, mas você se sente fraca e desiludida, e pensa em voltar para as ruas…