Carta

Abrigo 01

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Seguindo as orientações das agentes do Consultório na Rua, você decide procurar um abrigo  e se dirige ao mais próximo. No albergue, a gerente recomenda que você procure a central da SMADS, responsável por alocar as pessoas nos locais em que existem vagas. Ao chegar lá, você espera muito tempo até ser atendida. Depois de horas, eles pedem todos os seus documentos.

No fim, dizem que não há vaga hoje e que você terá que voltar amanhã pessoalmente para tentar de novo, porque não existe a organização de uma fila de espera. Você se lembra como é difícil conseguir vagas fixas em um abrigo em São Paulo.

Finalmente, depois de muitas tentativas e quase desistir algumas vezes, você é alocada em um albergue não muito longe de onde costumava ficar, e você tem certeza que isso só aconteceu pois você está grávida.

Sozinha, nas ruas, você é quase invisível.

Te preocupa imaginar como será a convivência com as outras pessoas… Querendo ou não, na rua você tem seu espaço e amigos que te ajudam. Além disso, mesmo que você venha tentando diminuir o consumo de substâncias, você sabe que será difícil ficar em um lugar onde é tudo proibido e onde você não conhece ninguém.

Então, você começa a pensar o que seria melhor: permanecer no abrigo, procurar sua tia Maria ou voltar para a rua.

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