Depois de tanto te alertarem para fazer o pré-natal, você resolve ir para a UBS mais próxima. Na triagem, a enfermeira questiona se você sabe quem é o pai da criança e há quanto tempo vem sentindo os sintomas da gravidez. Você se sente constrangida.
Depois de algumas horas, a médica aparece. Ela pergunta se você faz uso de drogas, álcool, cigarros e se tem casa para ficar. Você fica calada. Em seguida, ela te examina e diz que você provavelmente já está na décima sexta semana de gravidez. A médica te aconselha a fazer o pré-natal e ultrassom, mas o problema é que a fila de espera da UBS para o exame é longa, você teria de agendar e voltar ainda outra vez, ficar esperando sem ter dinheiro para o transporte ou para comer algo.
No momento do agendamento, a funcionária te pede alguns dados, como telefone e endereço, para realizar o agendamento e a confirmação das consultas. Sem ter essas informações, já que você está em situação de rua, e com medo de explicar a situação na UBS, você pede desculpas e fala que vai voltar em outro horário para finalizar o cadastro. Você desiste de marcar as consultas e de fazer o pré-natal na UBS.